Refletir sobre a fé e a forma como esta é transmitida às novas gerações foi o convite deixado pelo Padre José Maria Martins, ao apresentar o tema “Que catequese para qual fé da Igreja hoje? A forma atual da catequese e a situação da fé” durante a Jornada Diocesana dos Secretariados Paroquiais da Catequese (SPC).
Numa intervenção clara e desafiante, o sacerdote destacou que a catequese não pode limitar-se a um ensino teórico de doutrinas. Pelo contrário, deve ser compreendida como um caminho vivo de fé, que ajuda cada cristão a encontrar-se pessoalmente com Cristo, a participar com consciência na vida sacramental da Igreja e a assumir a continuidade do testemunho apostólico.
Ao longo da sua partilha, deixou uma questão central que ecoou entre os participantes: “Que tipo de cristãos estamos a formar?” Uma pergunta que conduz à necessidade de repensar a catequese como espaço de formação integral, capaz de gerar uma fé não apenas intelectual, mas dinâmica, encarnada e transformadora, que se traduza em pertença, compromisso e testemunho.
A moderação desta sessão esteve a cargo da catequista Zaudina da Veiga Semedo, da Paróquia da Imaculada Conceição, que, com dedicação, conduziu os trabalhos e favoreceu o diálogo entre os participantes.
Mais do que um simples momento de formação, esta reflexão foi um apelo à renovação da catequese como experiência de vida cristã.
Uma catequese que une fé e quotidiano, formando discípulos conscientes e missionários, preparados para responder com coragem e autenticidade aos desafios do nosso tempo.