O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente, a 11 de fevereiro, festa Litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, padroeira dos doentes.
A data foi instituída, a 11 de fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II. Na carta de instituição do Dia Mundial do Doente, o Papa João Paulo II lembrou que a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.
O Bispo de Santiago, em entrevista ao programa da TCV (Show da manhã), elencou alguns principais objetivos para a comemoração do dia: Incentivar a Igreja a cumprir cada vez mais e melhor a missão que Cristo lhe deu de cuidar dos enfermos; alertar a todas as Dioceses e Congregações Religiosas a criarem melhores condições possíveis para estar perto dos doentes para animá-los, curá-los, consolá-los e dá-los confiança. E por último, consciencializar os Países, as Instituições de toda a ordem: técnicas e conhecimentos científicos a um melhor serviço ao Ser Humano.
Juntamente com Cristo sofredor, os cristãos são chamados a darem sentido ao sofrimento, mesmo em situações de doenças incuráveis e se é necessário enfrentar a morte com Cristo Ressuscitado, que nos abre o caminho da Esperança e da Salvação, afirma o Cardeal.
E hoje, mais do que nunca, precisamos de homens e mulheres portadores desta Esperança, pois, salienta o Bispo que " a missão de cuidar do doente tem sido desenvolvido pela Igreja, desde os primeiros tempos e é uma missão que ela recebeu de Jesus Cristo".
Proferiu ainda que, o Ser Humano é um todo e cada vez mais, mesmo as pessoas que não têm fé percebem que a dimensão espiritual do ser humano é muito importante, até mesmo para ajudar no processo da cura física.
Questionado sobre a Pandemia do COVID 19, que mudou de forma radical a forma de nos relacionarmos uns com os outros, quebrando correntes de amizades e fazendo com que nos distanciemos, o Cardeal responde: "a ausência do relacionamento com os nossos amigos ou com os nossos próximos e até com os nossos doentes, deve nos levar a valorizar e a aperfeiçoar o nosso relacionamento uns com os outros. Porque a qualidade de relacionamento ajuda e, de que maneira, na cura espiritual, psicológica e física".
Comentando o tema do Papa para este dia "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso (Lc 6, 36). Colocar-se ao lado de quem sofre num caminho de caridade», Dom Arlindo explicita: o Papa foi mais uma vez feliz na escolha deste tema, porque nos traz a mensagem de como Deus é para nós. Deus é amor, nos diz São João. O amor tem várias manifestações. O amor misericórdia é quando o meu amor me leva ao encontro do outro que está a sofrer e que não tem nada a me oferecer em troca, mas que precisa do meu apoio para sair desta situação. O doente é sempre o foco da nossa atenção. Se tratamos da doença, devemos mais ainda cuidar do doente. O movimento do coração ao encontro da miséria da pessoa amada. Assim é o amor de Deus para connosco. Deus nos ama mesmo na miséria para nos dar a sua mão, o seu coração, afim de nos levantar.
Por fim, agradeceu os médicos, enfermeiros e todos os profissionais de saúde pela grande doação, que assemelha ao de Cristo, que deu a vida para o bem dos outros. Durante o pico da pandemia em todo o mundo eles foram os heróis da humanidade, colocaram a sua vida em risco para acudir os outros. É o grande serviço à humanidade que não pode ser esquecido, mas sim valorizado e cujo o exemplo todos devemos seguir.