Família Igreja Doméstica Testemunha da Esperança

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 Não deixa de ser impressionante os manchetes dos três últimos dias: visita histórica, Papa Francisco no Iraque. Na verdade, a paz não tem fronteiras. O papa Francisco, como sempre é o perigrino da paz! "Que calem as armas" foi o primeiro grito do perigrino da paz no Iraque, país onde o cheiro e as marcas das armas não passam desapercebidos. Desta feita, o papa leva um assunto pesado na bagagem, a fraternidade. A fraternidade é o primeiro passo para a reconstrução de uma sociedade alicerçada na paz, e consequentemente, solidária. Por conseguinte, a fraternidade almejada pelo Francisco visa a congregação de todas as profissões religiosas e de todos os sistemas políticos engajados nesta reconstrução da paz tão deseja e sonhada. A Fraternidade convida-nos a fazer experiência global de irmãos, de olhar o outro como o meu irmão.

Em Mosul, o Papa Francisco sublinhou convictamente a importância da fraternidade, da esperança, e da paz, que hoje acabam por ser uma urgência num mundo marcado pela guerra, pelo ódio, pelas injustiças desenfreadas que ameaçam a vida, a esperança: “Hoje, porém, reafirmamos nossa convicção de que a fraternidade é mais durável do que o fratricídio, que a esperança é mais poderosa do que o ódio, que a paz é mais poderosa do que a guerra".

Como é possível erradicar a fome, a pobreza, combater as injustiças num mundo que ignora a fraternidade?

Num dos remates bem enquadrada à baliza, o Papa Francisco fez a questão de lembrar-nos quem são, realmente, os melhores: "não é grande o que tem mais, mas sim quem não é pobre de espírito, não é quem domina os outros, mas sim quem é manso com todos, não é o que é aclamado por multidões, mas sim quem é misericordioso com seus irmãos". A misericórdia é, indiscutivelmente, a identidade de Deus, substanciada no amor ao próximo: 'que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei'(Jo 13, 34). De facto, é esta atitude de misericórdia, que está ao alcance de todos, sobretudo dos batizados, para com os nossos irmãos, que nos torna grandes aos olhos de Deus.

Na reta final da sua visita, já em tempos de compensação, o perigrino da paz salientou: "Ouvi vozes de dor e angústia, mas também vozes de esperança e consolo", revelou a grandeza do seu coração e como se não bastasse, assumiu mais uma missão: "O Iraque sempre estará comigo, em meu coração"! A fraternidade é uma flor que, timidamente, vai desabrochando. Obrigado Papa Francisco por mais um passo significante na reconstrução da paz.

E tu, estás disposto(a) a ir ao encontro dos teus irmãos e irmãs( vizinhos do lado) em nome da paz, ouvir as suas vozes em diferentes tonalidades, e trazê-los no teu coração?

 

Gilberto Borges, Seminarista Espiritano